MEO SUDOESTE - 20 EDIÇÕES, 19 ANOS DE HISTÓRIA

O MEO Sudoeste chegou, este ano, a sua vigésima edição e, como se não fosse de esperar, esta edição bateu recordes. Este ano, a lotação esteve quase para esgotar no dia 6 de agosto (dia em que Sia e Steve Aoki atuaram no palco MEO).

Foram mais de 48 mil a fazerem presença num dia que contribuiu para a história deste Sudoeste. Ao longo dos 5 dias, foram 195 mil festivaleiros que fizeram presença na habitual paragem de festivais de verão do país, que é certamente também o Sudoeste. Neste mesmo dia, para poder comemorar as 20 edições, a organização decidiu presentear os festivaleiros com um fogo-de-artifício, que foi o momento de apagar as 20 velas, já que uma vez quem trazia o bolo era Steve Aoki (e trouxe mesmo).

DIA 3
Comecemos o dia 3, onde atuaram, como cabeças de cartaz, DVBBS e Yellow Claw. DVBBS que já tinham passado por portugal (2014 no RFM Somni e no Mega Hits Kings Fest, 2015 no EDP Beach Party) foram os grandes cabeças de cartaz do dia de recepção ao campista. Yellow Claw, que este ano passaram pelo o EDP Beach Party, surpreenderam os fãs com uma música nova, esta em parceria com o DJ Snake, intitulada de Ocho Cinco (música que pode ser ouvida no novo álbum de DJ Snake, "Encore").
Um total espetáculo de luzes e pirotecnia que ninguém jamais irá esquecer. Mas isto era só o dia de recepção ao campista...

DIA 4
E sim, este é o primeiro dia (oficialmente) do MEO Sudoeste. Como cabeças de cartaz deste dia, estão Wiz Khalifa e Martin Garrix. O primeiro dia de MEO Sudoeste, no palco MEO, começou em inglês com Josef Salvat. Josef fez o seu primeiro concerto em Portugal no MEO Sudoeste, e como não fosse de esperar, o público adorou (mesmo tendo sido pouco, mas deu para perceber o que ele faz).

Cá em Portugal, o cantor é reconhecido por a RFM tocar umas das músicas mais reconhecidas dele. Em seguida, o palco esteve em português com Virgul (reconhecido por este mesmo ter feito parte dos Da Weasel). Virgul teve direito a confetis em "I Need This Girl" (música bastante reconhecida pelo o air-play nas rádios e na novela A Única Mulher da TVI) e um convidado especial, NBC, para cantar alguns dos temas dos Da Weasel. Virgul teve ainda direito a um background de vídeo a dizer "DA WEASEL FOREVER". Será que algo está aprontado para uma volta dos Da Weasel?



Em seguida, outra estreia inédita em Portugal e no MEO Sudoeste. É a atuação de Wiz Khalifa, cabeça de cartaz do dia 4. Digamos que este concerto tratou-se de por a erva em dia, para as menções da marijuana que devia ser legalizada e, ainda, a entrega de charros insufláveis e confetis também. O rapper também cantou alguns dos seus grandes hits, como "See You Again", "Black And Yellow" e "Young, Wild and Free". Sim, este concerto foi jovem, selvagem e grátis (não, o concerto não foi dado de graça). O público esteve no seu ponto máximo, um público que simplesmente esteve agarrado ao concerto, sem haver críticas. Sim Wiz, podes voltar a Portugal que nós queremos!


Para fechar a noite, e, como o 2º cabeça de cartaz, Martin Garrix. Este que já esteve inúmeras vezes em Portugal, a maioria já reconhece o repúdio este DJ de apenas 20 anos, e que tem muito ainda para dar. Martin já reconhece o público português e sabe dar uma festa à sua maneira. Um espetáculo 5 estrelas, desde do som e das músicas, ao espetáculo de luzes e de pirotecnia que não podia falhar. Não faltou os clássicos "Animals", o remix da "Can't Feel My Face" e "Turn On The Speakers". Mas também não faltaram as novas colaborações e músicas, como a "In The Name Of Love", "Lions in The Wild" e "Now That I've Found You". Garrix já conhece o público português há muito tempo e por isso o público já conhece de cor o concerto que Martin dá. Vamos admitir: um grande encerramento digno de primeira noite do MEO Sudoeste.

Martin sabe dar festa, o público também sabe dar festa ao Martin. E chegamos ao final da primeira noite de MEO Sudoeste.


DIA 5
Chegamos ao 2º dia (3º dia para quem esteve no campismo) do festival. Neste dia, estão como cabeça de cartaz, KURA e Damian Marley. Outras das atrações deste dia é a Curadoria dos Orelha Negra, no Moche Room. Foi uma noite dedicada ao rap e hip-hop português. No palco Santa Casa tivemos a estreia também do Mishlawi que já é um fenómeno na música portuguesa. Comecemos então a noite com C4 Pedro a abrir o palco MEO. Concerto que, eu próprio, não assisti por ainda não me encontrar no recinto. Cheguei quando Seu Jorge estava a atuar no palco MEO e o pouco que vi mesmo, digo que foi mágico. Seu Jorge tem um bom espetáculo e por isso aconselho a quem gosta de ritmos mais calmos a ver este.

Passemos para Damian Marley. Como não fosse de esperar, Damian fez homenagem ao seu pai, Bob Marley, e tocou alguns dos clássicos como a "No Woman, No Cry" e ainda "Is This Love". Celebrou-se o reggae das origens jamaicanas neste dia no palco MEO. Um concerto que valeu a pena, mesmo para os poucos que estiveram a assistir o cantor.


Passamos para o Moche Room, para poder destacar a Curadoria dos Orelha Negra. Uma noite dedicada aos Orelha Negra, onde se muito ouviu o rap e hip-hop nacional (e um pouco internacional, durante os intervalos). Destacamos Slow J, que esteve no SBSR deste ano. Confesso que nunca ouvi Slow J, mas quando vi o concerto deste mesmo, comecei a ouvir algumas músicas como a "Tinta da Raiz". Fica aqui a sugestão de vocês procurarem Slow J no Spotify.

E também fica a sugestão de Holly Hood e Profjam. Sinceramente, entre todos estes que vi no Moche Room (Slow J, Holly Hood e Profjam), gostei mais de Slow J. E aconselho mesmo vocês todos a ouvirem estes 3 nomes que aqui citei. O hip-hop e rap nacional também é bom, não é só o que vem de fora é que é bom.


Para fechar a noite, já no palco MEO, foi a vez de subir ao palco o dj português KURA. Aliás, KURA já é conhecido em trabalhar com Hardwell no estúdio e sendo convidado nos últimos anos para 3 MEO Sudoestes (2014, 2015 e 2016). Já é convidado da casa e esperemos que ele seja um tipo de "Ivete Sangalo" no MEO Sudoeste, porque ele já conhece o público da Zambujeira e sabe dar uma feste electrónica à portuguesa.


(não existe muita reportagem fotográfica dos dias 5 e 7)

DIA 6

Ahhhhh, chegamos ao sagrado dia. Um dia que quase esgotou (48 mil pessoas, números da organização). Neste dia tivemos Diogo Piçarra, em estreia no palco MEO, James Morisson de volta ao MEO Sudoeste, estreia de Sia em Portugal e, obviamente, o regresso do também Steve Aoki a Herdade da Casa Branca. Falemos do Diogo Piçarra.

Notou-se que ele preparou este espetáculo somente para o MSW. Pirotecnia, confetis, Karetus, Isaura e muitos mais momentos que houve neste que foi a primeira vez que Diogo Piçarra pisou no palco principal do MEO Sudoeste, já que em 2015 pisou o Santa Casa. Dialeto, Wall Of Love, Tu e Eu, Verdadeiro e entre mais músicas, estiveram na setlist que, sim, foi o concerto português que mais gostei de ver no MEO Sudoeste.

O Diogo esteve muito bem em palco, parabéns! Já o James também gostei. Um espetáculo simples, mas que transmitiu a música dele e isso é o mais importante. Fartei de cantar os temas que conheço dele. Impressionante.


Obviamente falemos da estreia deste dia. SIA! Este espetáculo foi, se não, o MELHOR de todos que passaram pela a Herdade este ano. Para quem conhece ela ou quem sabe como são os espetáculos dela, não esperava mais disto. Uma verdadeira atuação, já que ela não quer ser reconhecida e não fala com o público. Quer dizer, ela falou connosco porque enganou-se na letra da "Titanium", mas acontece Sia. A tour dela levou mesmo o propósito do novo álbum dela, chamado "This Is Acting".

Um verdadeiro acto mereceu palmas e muitas memórias deste concerto.


Logo após o final de Sia, foi hora de cantar os parabéns ao filho crescido e ao "gigante" MEO Sudoeste com um fogo-de-artifício. Steve Aoki é que quis trazer o bolo. A organização apenas quis apagar as velas. E Steve Aoki, já sabemos como são os concertos dele: BOLOS, PIROTECNIA, BARCOS e muita loucura.

DIA 7
E chegamos ao último dia de festival. Jimmy P, Cali y El Dandee, Nervo e Steve Angello foram alguns dos que passaram pela a Herdade no último dia.

Mas eu quero falar precisamente de Jimmy P e de April Ivy. Jimmy P deu um concerto muito bom, com convidados especiais (NBC, Diogo Piçarra e entre outros) e muito rap. Ele foi demonstrar que o rap nacional também é bom e soube o demonstrar. Nada a acrescentar mais, só a desejar os parabéns por este concerto.

Agora, falemos de April Ivy que tem muito, mas muito para demonstrar. Todos conhecemos a "Be OK" e obviamente que se ouviu isso no concerto dela, além de novas músicas como a "Shut Up" e covers de músicas que o público conhece muito bem, por exemplo, "Gyal You A Party Animal" de Charly Black. Ela tem muito para dar, além disso tem 16 anos e sabe o que está a fazer. Parabéns para este novo act!

Não vi os últimos por outros problemas, mas ainda consegui ver estes 2 e ainda Cali y El Dandee que também foram bons (pena ter sido a mesma hora de April Ivy).



E acho que foi isso. A 20ªedição do MEO Sudoeste foi É-P-I-C-A. Uma experiência que, com certeza, voltaria a repetir vezes e vezes sem conta. Para quem esteja a pensar ir ao MEO Sudoeste 2017 e quer perceber a experiência deste festival, venham exprimentar (nem que seja 1 dia, como fiz em 2015) e vão ver que vão gostar IMENSO. Esperemos voltar lá em 2017 e desta vez com mais energia!

Análise feita por: Pedro Miguel
Fotografia: Pedro Miguel

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